25.11.16

Aprender para repartir

Celso de Almeida Jr.


Publicado no Blog Ubatuba Víbora
Coluna do Celsinho
25 de novembro de 2016

Enquanto escrevo, ocorre a Feira de Ciências e Tecnologia-2016 do Colégio Dominique.
Ela vem de longe, desde 1993, quando ainda não tínhamos o ensino médio e estávamos com a implantação gradativa do ensino fundamental.
E, exatamente naquele ano, surgiu a ideia de criar o Instituto Salerno-Chieus, que iniciou o gerenciamento de todos os projetos culturais do colégio, incluindo a Feira de Ciências.
Hoje, o Salerno-Chieus passou de organismo auxiliar do Colégio Dominique para instituição autônoma de fomento cultural e estruturação de empreendimentos.
E, com este pensamento, esta edição da Feira de Ciências e Tecnologia, que é promovida por um dos núcleos do instituto - o Clube de Ciências José Reis - já revelou alguns projetos que serão aplicados no colégio.
Um deles é a captação e armazenamento de águas pluviais, em trabalho desenvolvido por alunos do 3º ano do ensino médio.
Em homenagem ao empenho da turma, que se despede da escola neste ano ao concluir o curso, a casa sustentável desenvolvida - com catavento para bombear água captada do telhado - ficará permanentemente exposta.
Com o tempo, será aperfeiçoada e servirá de ferramenta didática para todas as séries da escola, num constante processo de conscientização para o aproveitamento das águas de chuva.
Diversas atividades interessantes integram esta edição da feira, que também conta com a participação de alunos de outros estabelecimentos de ensino, públicos e particulares, em dois dias de evento.
Ao integrar estudantes de diversas escolas, o Colégio Dominique e o Instituto Salerno-Chieus já esboçam para os próximos anos uma maior duração.
Quem sabe, até, num futuro próximo, promover uma semana de exposições?
O tempo, a dedicação e a perseverança de alunos, professores e escolas de Ubatuba podem tornar real este projeto.
Servirá como uma homenagem ao patrono de nosso clube de ciências, o médico, pesquisador e jornalista José Reis, que dedicou a sua vida à pesquisa e a divulgação científica.
Seu lema "Aprender para Repartir" fez com que - durante mais de 60 anos - popularizasse a ciência através de jornais, revistas e livros.
Para J. Reis o desenvolvimento do país só se daria com o avanço da pesquisa e sua divulgação para todos, de forma clara, didática.
Neste sentido, as feiras de ciências contribuem muito para esta nobre missão.

O Trem Azul
Milton Nascimento & Lô Borges